Carta dirigida aos jovens
Por Paulo Sérgio Paulino


Eram tempos difíceis, não se podia falar nada contra o governo, a revolta crescia através dos jovens brasileiros. Eram tempos de ditadura militar em nosso país, os jovens se organizavam e partiam para a luta, para o protesto contra a forma de governo que oprimia todos a apenas uma forma de pensamento. Aqueles jovens foram verdadeiros heróis, entregaram suas vidas para ver uma nação livre, uma nação que pudesse pensar, opinar, discutir. Muitos morreram, muitos desapareceram e até hoje não foram encontrados. Aqueles jovens conseguiram o êxito em suas manifestações, aos poucos a ditadura foi caindo até o ponto de entregar a república nas mãos dos civis. O Brasil voltou a eleger seu presidente, em 1990 sagrou-se vencedor das eleições o jovem, na época, Fernando Collor de Melo. Muitos erros foram cometidos e os jovens da época pintaram o rosto e foram as ruas sem medo, não eram mais os jovens dos tempos da ditadura, muitos eram jovens filhos daqueles que naquela época lutaram. Conseguiram êxito também em suas lutas, ao tirar do poder o famigerado Fernando Collor. Que jovens somos nós? Somos uma geração que não procura saber quais são as propostas reais de um candidato, querem saber apenas se sua habilitação estará garantida. Um dos piores crimes é o de venda de voto. Enquanto você está ganhando um saco de cimento, ou alguns tijolos, a creche para as crianças, a escola técnica para os jovens, e tudo mais está sendo perdida. Que jovens somos nós? Que paramos no 1° não. Somos a geração da internet e tantas outras novidades que podem nos auxiliar em nosso crescimento, mais ficamos presos a máquinas de compras de votos. Que jovens somos nós?.