Até o início do mês de abril, os boletins epidemiológicos de Chã Grande mostravam um avanço tímido nos casos em investigação. Até aquele momento, apenas três foram notificados ao setor responsável da Secretaria de Saúde, sendo todos eles descartados. A distância entre um e outro também chamava a atenção, já que a cidade não registrava mais um caso por vez em investigação.

Mas a situação mudou drasticamente nos últimos dias. De um caso notificado na quinta-feira (9), Chã Grande viu mais dois se juntarem a lista apenas num final de semana, chegando a três ao mesmo tempo. No domingo (12), o primeiro caso confirmado. Na segunda (13), mais dois casos notificados como suspeitos. Na terça (14), o 5º caso apontado como em investigação pelo boletim. Em menos de uma semana, Chã Grande acumulou cinco casos em investigação e um confirmado.

Na quarta-feira (15), uma mulher de 70 anos recebeu o diagnóstico como positivo para a COVID-19, sendo o segundo caso confirmado na cidade. Menos de 24 horas depois, uma mulher de 39 anos também teve o seu exame confirmado para o coronavírus. E nesta sexta (17), outros seis casos foram notificados como suspeitos, passando a nove no município.

Outro número que cresceu visivelmente nos últimos dias foi o de pessoas em monitoramento. A taxa  leva em consideração pessoas que estiveram em outros países ou estados ou tiveram contato com casos suspeitos ou positivos, mas não apresentaram sintomas. O monitoramento leva em torno de 14 dias, com uma avaliação diária por parte da Secretaria de Saúde. Caso o monitorado apresente algum sintoma característico da COVID-19, o caso passa a ser de investigação, onde são coletadas amostras sanguíneas para a realização de exames.


Os dados de monitoramento domiciliar passaram a ser divulgados na segunda-feira. No primeiro boletim com essa informação, Chã Grande contabilizava 55 pessoas que passaram ou ainda estão passando pelo monitoramento. Ontem, esse número passou a ser de 82, um aumento considerável.

Apenas os dados relacionados aos casos descartados se mantiveram no mesmo patamar desde o mês de março: três, sendo um homem, uma mulher e um bebê de seis meses, que apresentaram sintomas gripais, mas testaram negativo para a COVID-19.