A oposição
em Chã Grande tenta se desvencilhar da imagem do ex-prefeito Daniel Alves
(PSC), que mudou seu domicílio eleitoral para Gravatá após fracassos políticos
no município onde por mais de 40 anos foi peça importante no tabuleiro
político. Prometendo ser uma nova opção, a oposição quer, em alguns momentos,
esconder a figura de Daniel Alves de sua campanha. Mas em outros momentos
demonstra querer divulgar ainda mais sua ligação com o ex-gestor.
O que se dá
pra notar é que Daniel Alves ainda tem poder de influência sobre os vereadores
oposicionistas. Claro, deve-se tirar dessa citação a vereadora Danielle Alves,
filha do ex-gestor e que, naturalmente, segue a influência do genitor. Mas no
conjunto da obra, a participação de Daniel nos rumos da oposição ainda é
evidente.
O exemplo
mais claro disso foi dado nesta quarta-feira (15), quando a bancada de oposição
votou em conjunto na reprovação do parecer do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco
(TCE-PE). E como se fosse pouco, ainda teceu defesas ao ex-prefeito, tentando
encobrir os pontos tidos como discordantes pelo TCE-PE, com as mais variadas
explicações. O próprio órgão já havia se manifestado pela rejeição das contas
por parte da Câmara de Vereadores, o que aconteceu como se previa.
Dificilmente
a oposição vai conseguir se separar da imagem de influência de Daniel Alves. É
o mesmo grupo político que esteve junto no fracasso de 2016, quando não
conseguiu a reeleição, e de 2018, com pouca expressividade no apoio a Joaquim
Lira e André de Paula, com poucas exceções como o jovem Renné Gonçalves (PDT).
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