Nada! Na verdade, o ônus é maior que o bônus. É fundamental ter, em um período eleitoral, o equilíbrio de forças entre os atores políticos envolvidos em uma campanha. E isso pode ser proporcionado através, também, de um trabalho da própria imprensa, que não imprime seus interesses próprios em seus conteúdos. Há um compromisso dos veículos de imprensa com o seu público leitor, que independe de bandeira partidária.

Infelizmente, alguns grupos políticos não entenderam dessa forma. No período das convenções partidárias, dois desses grupos proibiram o acesso da imprensa aos locais para a realização de conteúdo para veiculação.

Isso aconteceu no sábado (12), na convenção que reuniu os partidos PT e PDT, e também nesta terça-feira (15), no evento do PSL. Tais atitudes não combinam com o ambiente democrático de uma eleição.

Quando a imprensa tem seu trabalho bloqueado, quem mais sai perdendo é o público, que passa a ser impedido também de saber os fatos que envolvem a informação em si. Além disso, por meros caprichos, os próprios partidos políticos e seus interesses nas eleições saem perdendo com tais decisões, pois deixam de alcançar, gratuitamente, milhares de pessoas.

Já vivemos, em nível nacional, esse clima de impedimento da imprensa nas coberturas dos fatos. Partidos que intitulam como instituições democráticas, que vão para as urnas no intuito de manter viva a democracia deveriam, antes de tudo, respeitar o trabalho da imprensa.