A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a conta de luz seguirá com cobrança extra em abril.

Isso porque a bandeira tarifária continuará na cor amarela, adotada desde janeiro. Com isso, é cobrado o valor de R$ 1,34 a mais na conta de luz a cada 100 kWh de energia consumidos.

De acordo com a Aneel, os principais reservatórios das hidrelétricas estão com níveis de abastecimento reduzidos, e esse cenário sinaliza patamar desfavorável de produção. “Em março, houve registros de precipitação nas principais bacias do Sistema Interligado Nacional (SIN) com volumes finais abaixo do esperado. Abril é um mês de transição entre o período úmido e o seco nessas regiões, o que indica que as precipitações não devem alterar a tendência de queda das afluências a partir de então”, informou a agência.

Sistema de bandeiras

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo de geração de energia. A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas, cuja produção de energia é mais cara.

Com os reservatórios baixos, a perspectiva é de alta no custo da energia já que exige o acionamento de mais térmicas. Assim, a bandeira pode passar para as cores amarela e vermelha (patamar 1 ou 2). O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o uso para evitar pagar uma conta de luz mais cara.

Novos valores

A Aneel revê, anualmente, os valores das bandeiras tarifárias levando em consideração o custo para a geração de energia.

Na reunião de diretoria de terça-feira (23) a Aneel propôs uma revisão no valor das bandeiras e a bandeira vermelha pode ficar mais cara. Por outro lado, a proposta prevê uma queda no valor da bandeira tarifária amarela.

Novos valores propostos:

Amarela: de R$ 1,34 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) para R$ 0,99;
Vermelha patamar 1: R$ 4,16 a cada 100 kWh para R$ 4,59;
Vermelha patamar 2: passaria de R$ 6,24 a cada 100 kWh para R$ 7,57.

A proposta da Aneel ainda passará por consulta pública e pode ser alterada.

Corte de luz de famílias de baixa renda

Por causa da piora da pandemia, as concessionárias de todo o País estão proibidas de cortar a luz de famílias de baixa renda em caso de falta de pagamento. A determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vale entre esta sexta (26) e o dia 30 de junho.

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) informou que vai cumprir a determinação. Com isso, serão beneficiados cerca de 1 milhão de clientes enquadrados nessa categoria, no Estado. A agência também proibiu o cancelamento da tarifa social de quem atualmente tem o benefício. A medida também beneficia unidades ligadas à saúde, como hospitais e centros de armazenamento de vacinas, além de locais onde existam equipamentos essenciais à vida. A tarifa social beneficia famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal.

Por G1 Economia