A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira vermelha, patamar 2, para o mês de setembro. Com isso, o custo de cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumido continua sendo de R$ 9,49. A bandeira vermelha 2 representa uma cobrança adicional para cada 100 kWh consumidos, e é a mais cara das tarifas extras.

Segundo a Aneel, o mês de agosto manteve estado crítico dos reservatórios das usinas hidrelétricas do País. Em períodos de seca e baixa nos níveis dos reservatórios, é necessário captar energia de outros tipos de usina, como as termelétricas. Por serem mais caras e gerarem energia a partir de combustíveis fósseis, o acionamento das termelétricas faz com que o custo da geração de energia aumente e mude a bandeira tarifária.

Para ajudar a reduzir o valor da conta de luz, a Aneel traz algumas dicas como o uso racional do chuveiro elétrico com banhos de até 5 minutos em temperatura morna, deixar a porta da geladeira aberta somente o tempo que for necessário, juntar maiores quantidades de roupas para utilizar o ferro de passar de uma só vez e reduzir ao máximo o tempo de utilização de máquinas de ar condicionado.

PRESSÃO

Autoridades e técnicos ligados ao setor elétrico defendem aumento da bandeira vermelha 2 para cifra acima de R$ 20 — com aumento de cerca de 150% — mas por um período curto de cerca de três meses. Já a equipe econômica prefere um reajuste menor da bandeira — próximo de 50%, para valor perto de R$ 15 — por vários meses.

O anúncio segue momento em que os principais reservatórios de água do País estão em nível crítico, devido à falta de chuvas. A maior estiagem enfrentada pelo Brasil dos últimos 91 anos. Esse cenário faz com que o governo federal recorra a usinas térmicas, com um custo maior de geração. O valor extra é repassado aos consumidores finais por meio da bandeira tarifária.

Fonte: Brasil 61