Raminha é presidente da Associação dos Agricultores de Palmeiras, em Chã Grande.
Imagem: Reprodução / TV Globo

Nos últimos anos, com a preocupação cada vez maior com a saúde, os brasileiros estão recorrendo a agricultura orgânica como saída aos problemas que a agricultura convencional, que utiliza produtos químicos, traz. Tanto que, segundo números estatísticos, é cada vez maior o número de produtores deste tipo de agricultura.

Mas nem tudo se vende como orgânico é, de fato orgânico. Essa foi a conclusão de uma reportagem especial exibida no último domingo (31), pelo programa Fantástico, da Rede Globo. Na matéria, que percorre as cidades de Florianópolis, Recife e Fortaleza, a equipe encontra, juntamente com fiscais, pessoas cadastradas para o comércio de produtos orgânicos que, na verdade, comercializam produtos da agricultura tradicional, com uso de agrotóxicos, por exemplo.

Uma das pessoas flagradas nesta ação foi a agricultora changrandense Raminha Correia da Silva. Além de agricultora, Raminha é presidente da Associação dos Agricultores do Sitio Palmeiras, zona rural de Chã Grande.

A agricultora comercializa em uma das feiras de produtos orgânicos mais antigas de todo o Recife. No local, os fiscais recolheram alguns produtos dos feirantes. Tomate e pimentão da banca de Dona Raminha foram pegos no processo de exame.

Mas, segundo a reportagem, isso não é uma surpresa. A agricultora changrandense Raminha é uma veterana nas fiscalizações. Ao todo, esta já foi a sétima vez, nos últimos anos, que teve seus produtos pegos em irregularidades.

Nos últimos anos também, a Secretaria Municipal de Agricultura de Chã Grande tem desenvolvido importantes ações na conscientização dos agricultores do município com relação ao uso de agrotóxicos. Apesar disso, alguns produtores insistem em tentar burlar a lei e ter um maior lucro, já que o produto orgânico tem um acréscimo de 30% em seu valor com relação aos produtos convencionais.