O
ex-prefeito de Chã Grande Daniel Alves (PSC) é um dos políticos mais
experientes da região. Ao longo de seus mais de 40 anos de vida pública, já
acumulou três mandatos como prefeito, um de vice e um de vereador. Mas a
situação que o veterano político enfrenta esta semana é uma das mais decisivas
em sua história.
Prestes a
se lançar como candidato a um cargo eletivo em Gravatá (ainda sem definição),
no agreste pernambucano, Daniel enfrenta o passado para saber como será o
futuro. Na Casa Paulo Viana de Queiroz, duas prestações de contas pesam contra
si. A primeira delas será colocada em votação nesta quarta-feira (15),
referente ao ano de 2015. Ambos os documentos chegaram ao poder legislativo
municipal com pareceres recomendando reprovação por unanimidade por parte dos
vereadores chã-grandenses.
Segundo o
Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), vários pontos pesam contra
o ex-mandatário chã-grandense. Todos serão lidos na próxima quarta, quando a
Casa Paulo Viana de Queiroz se debruçará na análise da conta de 2015.
Segundo a
Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010, a responsabilidade pelo julgamento das
prestações de contas ficou a cargo do poder legislativo, cabendo ao TCE emitir
os pareceres técnicos. E a partir de então, políticos com contas reprovadas por
parlamentos passaram a ter problemas com a justiça, ficando inelegíveis por oito
anos.
Caso a
Câmara de Chã Grande siga o parecer do Tribunal de Contas, que pede a
reprovação por unanimidade, a decisão jogará um balde de água fria nas
pretensões de Daniel Alves. Desde que anunciou sua ida para Gravatá, o político
tem se mobilizado para tentar consolidar uma candidatura no município vizinho,
como um dos opositores ao atual prefeito Joaquim Neto (PSDB). Na
impossibilidade de uma disputa pela cabeça numa chapa executiva, ainda
sobrariam a Daniel as possibilidades de vice ou vereador.
Além das
contas de 2015, o legislativo municipal ainda conta com a prestação de contas
do exercício 2016. Essa ainda sem data prevista para apreciação pelos
vereadores, também chegou a Casa Paulo Viana de Queiroz com parecer
recomendando a reprovação por unanimidade, podendo contribuir para um aumento do
período de Daniel Alves fora das urnas.
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