O ex-prefeito de Chã Grande Daniel Alves (PSC) vai disputar uma vaga na Câmara de Vereadores de Gravatá, no agreste pernambucano.  Essa é a primeira vez que o político chã-grandense, de 64 anos, disputa uma eleição fora do município. Além disso, é a segunda vez que se coloca na corrida por uma vaga no legislativo.

Já se vão 38 anos desde que Daniel Alves ingressou na disputa política partidária. E de fato foi pela Câmara de Vereadores a sua entrada na história da política local. Aos 27 anos, o jovem Daniel Alves, integrando o grupo de Tiago Barbosa, era eleito vereador. Exerceu apenas um mandato na Casa Paulo Viana de Queiroz.

Após 82, Daniel decidiu alçar vôos mais altos. Em 1988, aproveitando do vácuo deixado pelo ex-prefeito Tiago Barbosa, derrotado na eleição anterior, Daniel Alves se lançou como candidato a prefeito, de forma independente. Obteve pouco mais de 700 votos na primeira tentativa de despolarizar a política local.

Em 1992, uniu-se ao seu ex-desafeto Jaci Moreira, sendo seu vice naquele ano. A partir daí, Daniel passou a ter papel de destaque, sendo o prefeito do município eleito nas eleições de 1996, sendo reconduzido em 2000. Após sair da gestão, ao final de 2004, o político ensaiou por diversas vezes outras aventuras políticas, como candidaturas a deputado estadual ou em outras cidades, mas isso nunca se confirmou, voltando a ser prefeito em 2012.

Pelo menos não até 2019. Após três eleições perdidas no município (2014, 2016 e 2018), Daniel Alves decidiu se lançar em Gravatá. Foi pré-candidato a prefeito até a terça-feira (15/09), quando na véspera do encerramento do período de convenções, anunciou seu apoio ao Padre Joselito (PSB), numa união das oposições.

Do sonho de disputar o Palácio Joaquim Didier, sede do poder executivo em Gravatá, o que restou foi correr em busca de uma das 15 cadeiras da Casa Vereador Elias Torres, começando na política local pelo primeiro degrau, assim como em Chã Grande, 38 anos atrás.