A partir do dia 1º de janeiro de 2021, um nome deixará de ser ouvido na Câmara de Vereadores de Chã Grande pelos próximos quatro anos. Disputando seu quarto mandato eletivo para o legislativo municipal, Danielle Alves (PDT) saiu derrotada das urnas, com uma votação inimaginável, tendo em vista a tradição política por trás de seu nome.

Quando eleita pela primeira vez em 2008, talvez poucos imaginassem que Danielle Alves cairia tanto de rendimento nas urnas. Naquele ano, a filha do ex-prefeito Daniel Alves somou pouco mais de 1.500 votos, impulsionada por uma militância jovem e empolgada. Mas o que se viu no decorrer das eleições foi uma perda de capital político por parte de Danielle, e cada vez menos a militância de outrora.

Em 2012, quando seu pai foi eleito prefeito, Danielle capitaneou apenas metade da votação de quatro anos atrás, uma perda significativa. Em 2016, novamente um resultado menor que eleições anteriores. Naquele momento, a continuidade de Danielle Alves já era questionada por muitos, que observavam cada vez mais o desgaste político da vereadora.

Este ano, uma possível derrota de Danielle já era vista como possível, mas não da maneira como ocorreu. Numa oposição sem força e desmotivada, Danielle Alves sofreu para emplacar seu nome, mesmo estando em seu terceiro mandato legislativo, com 316 votos, algo até então inimaginável. No PDT, apenas Dandão, para o oitavo mandato, e Nego de João de Rita, estreante, obtiveram a vitória nas urnas.