O dia 8 de março é reconhecido como o Dia Internacional da Mulher. E nesta data, as mais belas homenagens são feitas às mulheres, reconhecendo a luta delas para chegar até aqui, como por exemplo o direito ao voto, o que não era permitido até a década de 30. O vereador Jorge Luís (PL), presidente da Câmara de Chã Grande, vai além. Segundo ele, é preciso que as mulheres também participem dos processos democráticos para a garantia da igualdade.

"Por muitos anos nós tivemos um ambiente restritivo, em que mulheres sequer poderiam votar. Mas os tempos mudaram. Hoje nós temos mulheres que participam ativamente, mas ainda é uma participação tímida, desencorajada até por outras mulheres. Precisamos de uma participação maior, só assim vamos garantir igualdade", destaca o vereador.

As mulheres são a maioria da população brasileira e, consequentemente, a maioria do eleitorado. Mesmo assim a participação delas nos poderes públicos (legislativos ou executivos) ainda é tímida. Em Chã Grande, por exemplo, as mulheres ocuparam uma das cadeiras da Câmara Municipal já em 1965, com Luiza Luzinete. Mas nos anos seguintes, a participação não teve continuidade.

Apenas em 2008, com a chegada de Danielle ALves (PDT), as mulheres voltaram a ocupar espaço no legislativo municipal, ampliado nas eleições de 2016 com a vitória de Célia de Jaci (Avante). Na atual legislatura, duas mulheres compõem o legislativo: além de Célia, reeleita em 2020, Ninha de Zé Maria também faz parte da Casa Paulo Viana de Queiroz.

No comparativo, nove cadeiras são ocupadas por homens na Câmara Municipal. No executivo, desde a emancipação política, nenhuma mulher exerceu função de prefeita ou vice-prefeita, apesar de em três eleições elas se lançarem na disputa.

A primeira vez foi com Célia de Jaci, em 2004. Já em 2008, uma chapa formada apenas por mulheres, com a ex-primeira-dama Cristina de Daniel e Célia, se lançou na disputa pela Prefeitura Municipal. A última tentativa foi em 2012, com Célia de Jaci na vice do empresário Queiroz de Paiva, mas sem sucesso.