Divulgação / Assessoria

Na tarde desta quinta-feira (10.02) o prefeito de Gravatá Joselito Gomes (PSB), e a secretária de Educação, Iranice Batista de Lima (Ninha Professora), apresentaram detalhes das obras inacabadas deixadas pelo ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB). Segundo a gestão, o prejuízo ultrapassa 1 milhão de Reais. 

No total, são sete obras inacabadas, a maioria delas com dinheiro do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação – FNDE. O atual prefeito da cidade iniciou processo de investigação para analisar a execução destas obras. Inicialmente, Joselito Gomes editou Decreto suspendendo as obras até a conclusão do inquérito. Trata-se de construtoras que ficaram responsáveis pela execução de obras físicas de quatro quadras poliesportivas, duas creches e uma escola.

A secretária de Educação viajou para Brasília (DF) apresentando relatório e foi orientada a abrir inquérito interno. Mais de 1/3 do dinheiro destinado às obras, segundo ela, foram gastos de forma indevida ou de modo irregular, formalizados na gestão passada, entre novembro de 2019 a janeiro de 2020.

Os contratos totalizaram cerca de R$ 14,8 milhões, mas só R$ 4,7 milhões chegaram a ser empenhados, dos quais R$ 3,7 milhões foram efetivamente pagos para a construção dessas quadras localizadas nos Distritos de Uruçu-Mirim, Mandacaru, Avencas e Russinha, além da creche do Cruzeiro e da Escola da Rodoviária. “A auditoria não só mostrou que não devíamos repassar mais nada e que ainda temos o direito a reaver R$ 605 mil liberados irregularmente”, contabiliza o gestor; ou seja, cerca de R$ 1,6 milhão em irregularidades.

Após seis meses, a gestão municipal encaminhou relatório da auditoria para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público de Contas (MPCO), Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Ministério Público Federal (MPF), além do próprio FNDE.

URUÇU-MIRIM:
Na quadra que estava sendo construída em Uruçu-Mirim, a gestão passada teria efetuado aditivo da 78% no valor do contrato da obra que estava com menos de 50% concluída, superfaturando o projeto inicial. Mesmo a escola tendo local para construir a quadra, a gestão escolheu um local onde foram gastos 123 mil Reais para terraplanagem. Nesta obra foram gastos mais de 200 mil Reais.

MANDACARU:
A obra da quadra de Mandacaru, zona rural da cidade, a gestão passada aumentou em 86,92% o valor da obra, o que não seria permitido por Lei.

INVASÃO:
Na construção de creche no bairro do Cruzeiro, a gestão anterior alterou a planta e pagou indevidamente R$ 194 mil, além de invadir rua de loteamento, prejudicando futuramente a mobilidade urbana.

CRECHE INACABADA:
Em creche do bairro Alpes Suíços, a construtora abandonou a obra em dezembro de 2021. Foram pagos R$ 256 mil irregularmente. Faltou contenção do aterro. A construtora reconheceu o pagamento indevido, mas não disse se devolverá o dinheiro pago erradamente. Uma nova licitação será realizada para concluir a obra.

ESCOLA INTEGRAL:
Obra executada em projeto fora do proposto pelo FNDE. Serviço de terraplanagem sem acessibilidade. Grandes desníveis entre a escola e a rua, além de mais de R$ 360 mil, segundo a gestão, pagos indevidamente.

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A Voz da Vitória