Arthur Souza/DP Foto

A noite desta quinta-feira marcou o encerramento do julgamento do Caso Tamarineira, que se estendeu por três dias. Ao fim da sessão, presidida pela juíza Fernanda Moura de Carvalho, o júri decidiu pela condenação de João Victor Ribeiro, autor de uma colisão de trânsito ocorrida em novembro de 2017 e que teve como consequência a morte de três pessoas, sendo uma gestante. Ao final da sessão, ficou decidido que ele cumprirá a pena pelo tempo exato de 29 anos, quatro meses e 24 dias.

 

Essa decisão tomada pelo júri foi, de acordo com a leitura da juíza, influenciada pela quantidade diferente de crimes que João Victor cometeu, bem como a repercussão que o caso recebeu, ultrapassando a esfera do Recife.

 

Além disso, a juíza informou que o homem terá o cancelamento da sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e os seus direitos políticos suspensos. O primeiro, que deve ser informado em breve ao Detran-PE, será de modo permanente. Já o segundo, que será levado ao TRE-PE, apenas durante o período de reclusão.

  

A denúncia, oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), trata do caso como três homicídios dolosos e duas tentativas de homicídio, uma vez que a colisão vitimou fatalmente a funcionária pública Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, de 39 anos, o seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3, e a babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23, que estava gestante. Desde o ano da batida, João Victor estava cumprindo regime de prisão preventiva. 

 

Após uma perícia, foi constatado que João Victor cortou um sinal vermelho estando a 107 km/h num trecho onde as placas de sinalização permitiam a velocidade máxima de 60 km na via. Mas essa não foi a única imprudência cometida pelo homem. Ainda por meio da perícia, foi confirmada uma quantidade de álcool no corpo dele de três vezes acima da permitida por lei. João Victor também confessou ter usado diferentes tipos de drogas ilícitas (proibidas por lei) naquela mesma data.

 

Parte da família que sobreviveu

 

Sobreviventes do episódio, o advogado e viúvo de Maria Emília, Miguel da Motta, assim como a filha do casal, Marcela Guimarães da Motta Silveira, ainda passam por um processo de recuperação, tanto de ordem física quanto psicológica. A dupla esteve, em alguns momentos ao longo desses três últimos dias, presente no julgamento que foi realizado na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, sob o comando da juíza Fernanda Moura de Carvalho.


Diario de Pernambuco