Atos em defesa da democracia e do sistema eleitoral brasileiro reuniram nesta quinta-feira (11.08), em todos os estados do País, acadêmicos, empresários, sindicalistas, juristas e artistas.
O principal deles ocorreu nesta manhã na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Centro da capital paulista. Duas cartas, que denunciam os ataques à democracia praticados por Jair Bolsonaro (PL), foram lidas no evento.
Uma das cartas tem o apoio de 107 entidades, entre empresas, ONGs e sindicatos. A outra, denominada Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, reúne assinaturas de mais de 900 mil pessoas, incluindo oito presidenciáveis.
No texto, os signatários advertem: “Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”.
Em suas redes sociais, deputados da Bancada do PCdoB destacaram a importância do movimento, que marca uma histórica contraofensiva da sociedade civil pela democracia. O líder do partido na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), ressaltou que o movimento é o ponto alto da luta para impedir que mais retrocessos sejam impostos pelo atual governo.
“Hoje, o Brasil ergueu muitas vozes em defesa da Democracia. Deveríamos estar pensando o futuro, mas Bolsonaro nos faz lutar para impedir mais retrocessos. Não temos caminho fora da democracia. Não aceitamos mais as ameaças de golpe, os ataques autoritários. #EstadodeDireitoSempre”, escreveu no Twitter.
Simbolismo
A data escolhida para os atos pela democracia é simbólica: 11 de agosto marca a criação dos cursos de direito no Brasil, em 1827, por decreto de Dom Pedro I. O dia também é perto da data em que foi lido um manifesto contra ditadura militar, em 1977.
A Voz da Vitória
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