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O inquérito investigativo começa a ganhar mais evidências diante do assassinato do Professor de Geografia Física, Edivaldo Pereira da Silva, de 31 anos, morto com três tiros na região da cabeça e um disparo no braço, na madrugada do dia 25 de agosto, em uma estrada de barro do Engenho Una, área rural da Vitória de Santo Antão, na Mata Sul pernambucana.

A Polícia Civil de Vitória apresentou para audiência de custódia na quinta-feira (01.09), um rapaz de 20 anos suspeito de participar do homicídio de Edivaldo Silva, quando seu veículo, carteira e celular foram levados na investida criminosa. Luís Augusto Borges Lucas foi preso no dia 31 de agosto em casa de amigos situada no Bairro do Ibura, em Recife. O acusado reside no Distrito de Jussaral, área rural do Cabo de Santo Agostinho (RMR), perímetro onde o veículo foi encontrado a 10 km de distância da cena do crime. Ele é casado e sua esposa está grávida.

Segundo o Delegado Luís Paulo, o suspeito nega que tenha cometido o crime de morte. Sem se comprometer, Luís Augusto relatou que conheceu Edivaldo por redes sociais e que não tinha nenhuma relação afetiva com a vítima. O acusado diz que marcou um encontro com o professor naquela região com a promessa de que poderia ocorrer a primeira relação sexual com o mesmo, buscando atrair a vítima para um local ermo. O suspeito já teve passagem pela Polícia por conta de drogas, porém sem nenhuma gravidade em sua ficha.



Segundo o Delegado, a linha de investigação de ‘crime passional’ foi descartada, o que reforça em tese o latrocínio (roubo seguido de morte). Luís Augusto, segundo a Polícia, se contradiz em sua versão. Ele chegou a pedir emprestado a um amigo, na hora do crime, sua motocicleta. O suspeito afirma que repassou a moto para outro amigo e depois este devolveu no período de duas horas. A Polícia também constatou, dias antes de ser assassinado, que Edivaldo Silva havia feito transferências em valores pequenos via PIX para Luís Augusto.

Ainda no final da manhã desta sexta (02.09), depoimento de outro rapaz, segundo suspeito do crime, foi colhido no Complexo Policial de Vitória.

A arma utilizada no crime, bem como o celular, carteira e sandálias da vítima continuam sumidas. “Pedimos a prisão temporária de Luís Augusto e vamos também pedir a prisão preventiva dele. Ainda é precoce falar de outros indivíduos envolvidos, mas estamos certos de que em breve vamos também identificar os demais. E já começamos a fazer isso”, previu o Delegado Luís Paulo.

O pai de Luís Augusto esteve na Delegacia de Vitória e declarou em entrevista a TV Guararapes que acredita na inocência do seu filho. “Acredito que ele esteja com receio e medo de ameaças para não dizer os nomes das pessoas que realmente cometeram esse homicídio”, disse. O homem ainda declarou a emissora de TV que o Professor Edivaldo costumava freqüentar os bares de Jussaral e era visto convivendo com outros rapazes da localidade.

A Voz da Vitória